O que aprender com a falência de grandes empresas
Confira três exemplos de empreendimentos que faliram e descubra o que você pode aprender com isso
Confira três exemplos de empreendimentos que faliram e descubra o que você pode aprender com isso
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Aprender com o sucesso de empresas em ascensão parece ser sempre uma boa ideia, mas o que os negócios que faliram podem nos ensinar? Saber analisar os erros e acertos de outros empreendedores é primordial para que possamos espelhar esse aprendizado na administração do nosso empreendimento.
Hoje iremos discutir a falência de três grandes empresas e analisar qual o aprendizado que podemos extrair dessas experiências.
Foto: George Frey / Divulgação
Blockbuster
A Blockbuster foi a maior empresa de aluguel de filmes e videogames no mundo. Sediada nos Estados Unidos, a companhia abriu falência no ano de 2011.
Podemos apontar como a principal causa da falência da Blockbuster a mudança de comportamento dos consumidores. Em um dado momento, com a evolução da tecnologia e principalmente com a ascensão das mídias digitais e dos serviços de streaming, deixou de fazer sentido uma pessoa se deslocar até uma locadora para alugar um filme, uma vez que elas poderiam fazer a mesma coisa sem sair do conforto de casa.
A partir desse momento, a Blockbuster peca em reconhecer essa mudança e se adaptar às necessidades do consumidor. Talvez se configurar em uma empresa de streaming fosse uma boa alternativa para uma companhia como essa, porém os tomadores de decisão da empresa entenderam que manter as lojas físicas fazia sentido para eles naquele momento, o que foi um erro.
E o que podemos aprender com essa experiência? Nunca se acomode, é preciso entender as mudanças de direções do mercado, esteja sempre próximo aos consumidores e busque entender suas necessidades. Tanto o grande, quanto o pequeno empreendedor deve reconhecer o momento de dar um passo à frente e estar sempre atualizado com as demandas e novidades do mercado. Fique sempre de olho no que a concorrência está fazendo, novos mercados surgem a todo momento e isso é natural, é necessário aprender com aqueles que dividem experiências similares às nossas.
Foto: Boeing / Varig
Varig
Nosso próximo exemplo é a Varig, uma das primeiras companhias áreas brasileiras. Fundada em 1927, pelo alemão Otto Ernst Meyer, a empresa foi por muito tempo um símbolo de orgulho para os brasileiros. Após entrar em processo de recuperação judicial em 2006, foi vendida e encerrou atividades no mesmo ano.
O grande erro que levou a falência da Varig foi a cultura de inovação e melhoria contínua sem levar em consideração as finanças. A cultura estabelecida pela empresa era de ofertar sempre o melhor para o passageiro, com esse propósito em mente a Varig investiu em uma série de melhoramentos dentro da empresa, desde a compra de novos aviões, até a digitalização de painéis.
Você pode estar se perguntando, melhorar os serviços a fim de trazer mais conforto e tecnologia para o consumidor não é uma coisa boa? E a resposta é sim, é primordial que se ofereça um serviço de qualidade para o consumidor e que se busque sempre aprimorar os processos já existentes. O erro da Varig foi não levar em conta o impacto financeiro que essas mudanças iriam causar, não houve consciência financeira por parte da empresa. E consciência financeira é algo que todo empreendedor deve ter, desde o administrador de pequenas empresas, até as gigantes multinacionais.
Por exemplo, se hoje você, comerciante, deseja trocar a fachada do seu negócio, é necessário que você leve em consideração se essa mudança é financeiramente viável. Esse é um cuidado nada difícil de se manter, olhe sempre no seu sistema, verifique como está o seu balanço de caixa, suas despesas e receitas, é algo muito simples. Se você tiver receita suficiente, levando em conta as despesas que você tem, e se essa for uma mudança que de fato trará impactos positivos para o seu negócio, então ela faz sentido.
Então o que aprendemos com esse exemplo? Aprendemos que a cultura que a sua empresa defende nunca pode ser o motivo que prejudique o seu negócio. Estar atento a sua situação financeira é o básico para continuar evoluindo e prosperando. É fundamental que nós possamos transmitir nossa cultura, ter uma causa e defendê-la, mas toda e qualquer tomada de decisão deve estar de acordo com a nossa realidade financeira.
Foto: Divulgação
Gurgel
Nosso último exemplo é a Gurgel. Uma fabricante de automóveis brasileira que tinha como objetivo produzir veículos 100% nacionais. Durante seus 27 anos de existência a montadora chegou a vender aproximadamente 30 mil veículos, onde em alguns momentos houveram mais de um ano de espera de filas para adquirir um de seus modelos. Com a alta demanda, surgiu a necessidade de abrir uma nova fábrica, dessa vez no nordeste do Brasil.
O erro que resultou na falência da Gurgel foi não saber estudar os movimentos da concorrência. Outras empresas da área, como a GM, já operavam no Brasil na mesma época e passaram a tomar algumas decisões, muitas vezes em conjunto com o governo nacional, que prejudicaram de alguma forma a Gurgel. Uma das leis estabelecidas, por exemplo, foi a de isenção de impostos sobre empresas que se utilizassem de determinados tipos de motores, que na época não contemplava os modelos da Gurgel.
A construção da nova unidade também foi um problema. A empresa contava com o apoio dos governos estaduais do Ceará e de São Paulo, para a construção dessa nova fábrica, porém em dado momento essa parceria deixou de existir. Com isso, a empresa que já havia investido um grande valor do próprio caixa, se viu com um prejuízo enorme.
Nesse caso, o que podemos aprender? Avalie constantemente quem são e quais devem permanecer sendo seus parceiros estratégicos. Toda e qualquer empresa, por menor que seja, deve ter bons parceiros estratégicos. Muitas vezes por anos essa parceria é válida, porém, a partir do momento que a mesma deixa de produzir frutos, é necessário deixar de lado toda a relação sentimental e ser o mais racional possível. É entender que talvez o seu negócio não dependa mais de determinado fornecedor, por exemplo. A partir daí, é preciso buscar novas parcerias que irão enriquecer sua experiência como empreendedor.
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